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A Intolerância contra as religiões Brasileiras

Alastram-se no Brasil casos de intolerância religiosa contra a Umbanda brasileira, o Candomblé, o Espiritismo e a Igreja Católica. Intitulam-se de “os novos evangélicos” que pregam, abertamente, a propagação da intolerância e o combate contra as religiões que cultuam imagens, espíritos e qualquer outra forma de venerar o divino, diferente deles próprios.

Afirmam, vez por outra, que ninguém presta, salvo os praticantes das suas seitas que pregam o enriquecimento pela adoração de Deus e claro, a obrigatória contribuição financeira e patrimonial aos seus representantes e a intolerância. Tudo dentro da lei? Evidente que não. A distribuição de concessões de emissoras de rádios e redes de televisões, incentivada pelas crescentes bancadas políticas no Congresso Nacional, nas Assembleias Estaduais e das Câmaras Municipais e recentemente prefeituras constroem juntas, o novo Estado Teocrático Brasileiro.

A liberdade religiosa e a liberdade de pensamento estão ameaçadas.
Em resumo, caminhamos, rapidamente, para o totalitarismo religioso e a gravíssima expansão das práticas de intolerância religiosa e de flagrantes preconceitos de toda ordem amplificados pela divulgação radiofônica, televisiva e em mídias sociais. A disseminação do ódio contra as religiões, contudo, não é nova na história. Aconteceu na perseguição dos Imperadores Romanos contra os cristãos que eram atirados às feras e queimados. Ocorreu na Idade Média, perseguindo médiuns e na santa inquisição que se utilizou de sofisticados instrumentos de tortura contra hereges. O nazismo que perseguiu ciganos, judeus e tantos outros grupos em campos de concentração. O fascismo italiano e o stalinismo, todos eles assassinaram milhões de pessoas inocentes que ousaram pensar diferente do estabelecido.

Desde o Brasil Colônia as religiões indígenas e africanas foram perseguidas, o politeísmo devia ser extinto em prol do monoteísmo e da religião única. Com a Proclamação da República surgiu no Brasil o direito à liberdade religiosa, por influência das Revoluções Francesa e Americana. Recentemente no Brasil, nos séculos XX e XXI, por intolerância religiosa, prenderam o extraordinário médium Zé Arigó, chegaram a importunar o médium Dr. Edson Queiroz, o médium Valentim, o inesquecível Chico Xavier, o médium João de Deus de Abadiânia, e ainda perseguem benzedeiras, Mães e Pais de Santo, praticantes do Espiritismo, da Umbanda brasileira, as nações do Candomblé e a Igreja Católica com a quebra de imagens, queima de templos, pichações, tentativas de homicídios e lesão corporal, perseguições a irmandades e atos de intolerância nas redes e mídias sociais de amplo alcance.

O fanatismo religioso está se alastrando em milhares de lares brasileiros, em consequência também da precarização da Educação no Brasil, o nível escolar dos brasileiros está cada vez menor diante das carências na educação pública e privada, não se ensina mais a pensar, mas somente a repetir conteúdos, sem reflexão. A pregação da intolerância religiosa e a ideia do pensamento religioso único não podem ser admitidas no Brasil, pois a liberdade religiosa e de pensamento são direitos fundamentais em nossa Constituição.

Recentes episódios de grupos criminosos do tráfico, convertidos em “novos evangélicos”, nas comunidades carentes cariocas, expulsaram Pais e Mães de Santo. Este fato demonstra a crescente onda de intolerância que se espalha pelo Brasil. Infelizmente, as corporações Policiais, os Ministérios Públicos das esferas estaduais e federal, o Poder Judiciário, ainda não atentaram para esta progressiva e grave violência, há omissão, frouxidão e brandura nas penas imputadas. Resultado: dia-a-dia se avolumam os preconceitos contra os negros, as mulheres, os idosos, os pobres e os praticantes das religiões brasileiras. Com efeito, o Estado deve zelar e fazer valer a liberdade religiosa, proibindo a disseminação da intolerância religiosa promovida por estes grupos, utilizando-se desde prisões com a abertura de processos criminais, a cassação das concessões de rádios e de televisão e a dissolução compulsória de agremiações intolerantes.

A liberdade de culto e de crença é um valor caro ao Brasil e ao mundo, não podemos retornar à Idade Média e a esta nova inquisição, na qual não prevalece o amor e o respeito ao próximo. Devemos nos lembrar da famosa Carta da Terra, assinalada por Leonardo Boff, que prevê o dever dos estados de promover uma cultura de tolerância, da não violência e da paz. Somos todos irmãos e devemos cultuar a prática do amor ao próximo, fora deste quadrante, não há religião.

Fonte: Site Templo Pai Maneco

Autor: Claudio Henrique de Castro

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